não obstante já teres decidido, vou deixar a minha perspetiva e opiniões pessoas. são as minhas opiniões, não estão certas nem erradas, não me interessa se são politicamente corretas nem alinhadas e muito menos tenho a pretensão de que sirvam de exemplo para alguém. se fizerem alguém pensar, nem que seja pensar que só digo asneiras, já me dou por satisfeito. ora aí vão:
o mamífero que usa o equipamento, a sua conceção estética, etc é muito mais importante do que o equipamento em si para o resultado fotográfico final. isto só não é verdade para quem tem orgasmos com peeping neste caso pixelpeeping. no meu caso pessoal como o gosto e o divertimento são muito maiores do que o jeito estou tramado seja qual fôr o equipamento.
saber aproveitar as vantagens e mitigar as desvantagens de um equipamento é também muito mais importante do que o equipamanto em si.
em fotografia o vidro e a luminosidade (abertura máxima) são muito mais importantes do que um corpo, a menos que estejamos a falar do corpo da modelo
a discussão de o mft estar morto, moribundo ou ser o futuro não tem interesse algum. com a quantidade de equipamanto mft, e a espantosa qualidade a baixo preço, que hoje há disponível para comprar, daqui a 20 anos ainda daria para andar a fotografar com mft mesmo que o sistema morresse amanhã (o que me parece uma patetice).
embora o aps-c pareça bastante apelativo, uma espécie de o melhor de dois mundos num só, a minha experiência pessoal, depois de ter tido durante vários anos equipamento aps-c, diz-me que é precisamente o oposto. nem aproveitamos as vantagens de ter uma máquina com um pequeno sensor nem as de ter um corpo com um sensor grande, ou seja o aps-c pode até ser pau para toda a obra mas não faz nada excecionalmente bem e nem sequer tem vantagem alguma ao nível do preço.
por aqui parece que está na moda elevar as fuji aps-c ao olimpo mas se me dessem uma vendia-a 20 a 30% abaixo do preço de mercado só para me ver livre dela rapidamente. porquê? precisamente porque para mim não é no meio que está a virtude.
se a opção fosse ter apenas um sistema e se não tivesse limitações como peso, volume, etc iria full-frame ou até médio formato, se tivesse dinheiro, sem sequer pensar duas vezes.
como não vejo interesse em ter dois corpos de um mesmo sistema (à exceção dos safaris, ainda não encontrei nenhum outro caso onde isso me tivesse sido útil. vou falar da questão financeira mais tarde) se a opção fôr ter duas máquinas optaria por ter dois sistemas.
foi o que fiz ajudado pelo facto de cá por casa sermos duas pessoas a fazer umas chapas.
tenho mft (e-m5mkii e diversas objetivas oly mft af e várias outras vintage manuais) e full frame (sony a7iii, a comprar objetivas af e a aproveitar as mesmas vintage manuais que uso no mft).
oly para macro, paisagem, retrato, viagem, trekking, boa luminosidade e isos baixos. sony para paisagem, retrato, viagem, astro, má luminosidade e isos altos. consigo ainda ter duas pessoas a fotografar em simultâneo 99% do tempo.
sai mais caro assim? sim, sai um pouco mais caro mas com calma e evitando algumas sobreposições de distâncias focais (num zoom normal para viagem é difícil evitar) consegue-se controlar a escalada de custos.
Editado por MLopes, 27 fevereiro 2020 - 16:27 .