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Foto

Não se preocupe em melhorar a sua fotografia - artigo do Camera Obscura


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39 respostas a este tópico

Partilhar Post #21 M.I.B.

M.I.B.

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Publicado 08 fevereiro 2011 - 20:16

Digam o que disserem, eu cá continuo na minha onda.
Fotografo como e quando eu quero, sigo-me sempre que possível pelos princípios que são a pedra basilar da fotografia, neste caso o enquadramento, composição e luz, que são no fundo a evolução da pintura clássica, e assim vou-me entretendo como sei.
Estar a pensar demasiado sobre o que a fotografia é hoje em dia, ou os clichés que foram se instituindo, ou o que os outros pensam sobre isso e sobre nós, é para mim uma perda de tempo.
Sou da opinião, e pelos vistos comprova-se com estas dissertações que esporadicamente aparecem no forum, que hoje em dia já não há fotógrafos, mas sim filósofos e mestres da técnica.
Agora conselhos, todos podem dar, cabe aos outros, segui-los ou não.





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Partilhar Post #22 diogon

diogon

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Publicado 08 fevereiro 2011 - 20:24

Sou da opinião, e pelos vistos comprova-se com estas dissertações que esporadicamente aparecem no forum, que hoje em dia já não há fotógrafos, mas sim filósofos e mestres da técnica.
Agora conselhos, todos podem dar, cabe aos outros, segui-los ou não.


Tudo tem utilidade, mas se calhar é capaz de se aprender mais com, não lhe chamo dissertações, mas opiniões, ideias, discussões, do que a ver constantemente pds, hdr´s, ou extensas e completas memórias técnicas acerca da nitidez da lente x ou do sensor y... mas cada um escolhe o seu caminho...


Partilhar Post #23 M.I.B.

M.I.B.

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Publicado 08 fevereiro 2011 - 20:32

Tudo tem utilidade, mas se calhar é capaz de se aprender mais com, não lhe chamo dissertações, mas opiniões, ideias, discussões, do que a ver constantemente pds, hdr´s, ou extensas e completas memórias técnicas acerca da nitidez da lente x ou do sensor y... mas cada um escolhe o seu caminho...


O que eu acho é que se usares o que tens, mais cedo ou mais tarde, vais aprender a fazer o máximo com o que tens, dentro da medida do possível.
Toda a informação que possas apanhar pode ajudar-te, mas não deve ser instituida como a regra, pergunta a qualquer professor de fotografia, e ele vai dizer-te que para aprenderes a fotografar, tens de fotografar muito, e não andar a ouvir conselhos dos outros.
A formação pessoal, advêm da experiência, e não do diz que disse.
Opiniões serão sempre só isso, opiniões.
Mas concordo perfeitamente contigo, cada um escolhe o seu caminho, não o caminho indicado pelos outros....

Só deixo a pergunta:

Onde estavam os professores de fotografia quando a fotografia foi criada? Se ninguém lhes ensinou, como aprenderam? Aí tens a resposta.


Partilhar Post #24 M.I.B.

M.I.B.

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Publicado 08 fevereiro 2011 - 20:36


Como eu... se calhar mal naquele momento, pode ser que para a próxima calhe melhor... por isso é que devemos treinar o olhar e o manuseio da câmera...


Precisamente.


Partilhar Post #25 Rockas

Rockas

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Publicado 08 fevereiro 2011 - 20:47

Vou apenas citar a introdução da minha intervenção anterior para clarear algumas mentes mais confusas...


Exactamente... agora experimenta pegar na tua frase e aplicar em sentido contrário ou seja... de ti para os outros, ou de ti para o que os outros escrevem... vais ver que se calhar até resulta  :th_up:

Repara... não disse que discordo com o que dizes, porque não discordo... e não discordo porque estou do acordo com o artigo... ao fim e ao cabo, como disse o Diogon e a meu ver, com toda a razão, o que disseste, é o que o artigo diz... o que me parece é que interpretaste as palavras de uma forma extremista para justificar uma discordância que expremida, não existe  :D


Partilhar Post #26 Ivan de Almeida

Ivan de Almeida

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Publicado 08 fevereiro 2011 - 20:59

Um dos problemas desse texto é seu título sensacionalista.

Qualquer leitor de legislação sabe que o caput de um artigo subordina sua interpretação. O título, portanto, subordina a interpretação do artigo em que pese a ambiguidade milimétrica das itemizações posteriores. A ambiguidade é milimétrica para permitir aos acomodados, preguiçosos e complacentes assumirem o discurso do caput (título) satisfeitos, mas sem deixar locuções claras sobre isso.




Partilhar Post #27 diogon

diogon

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Publicado 08 fevereiro 2011 - 21:01

Toda a informação que possas apanhar pode ajudar-te, mas não deve ser instituida como a regra, pergunta a qualquer professor de fotografia, e ele vai dizer-te que para aprenderes a fotografar, tens de fotografar muito, e não andar a ouvir conselhos dos outros.


Não falei em fotografar muito ou pouco, aliás qualquer bom fotógrafo dará o mesmo conselho, fotografar muito, mas com critério, mas não foi disso que eu falei, foi no que se escolhe relacionado com fotografia, quando não se fotografa... :)


Partilhar Post #28 M.I.B.

M.I.B.

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Publicado 08 fevereiro 2011 - 21:37

mas não foi disso que eu falei, foi no que se escolhe relacionado com fotografia, quando não se fotografa... :)


Não percebi. Vais ter de me definir essas escolhas.  :humm:


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diogon

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Publicado 08 fevereiro 2011 - 21:47

Não percebi. Vais ter de me definir essas escolhas.  :humm:



Devagarinho: quando não se está a fotografar, e se se quer adquirir alguns conhecimentos relacionados com a fotografia:

Tudo tem utilidade, mas se calhar é capaz de se aprender mais com, não lhe chamo dissertações, mas opiniões, ideias, discussões, do que a ver constantemente pds, hdr´s, ou extensas e completas memórias técnicas acerca da nitidez da lente x ou do sensor y... mas cada um escolhe o seu caminho...

ou seja, entre outras coisas, pode-se escolher aprender mais sobre fotografia, a ver hdr´s e a ler mil e um testes a determinada lente ou a ler opiniões e trocas de idéias sobre fotografia. Por exemplo.


Partilhar Post #30 M.I.B.

M.I.B.

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Publicado 08 fevereiro 2011 - 21:59

Nunca coloquei isso em questão, aparentemente não percebeste que tipo de dissertações eu me estava a referir. :lol:
Eu refiro-me aquelas que metem todos no mesmo saco, e que não ajudam ninguém, e daquelas opiniões que roçam o gosto pessoal. Percebes? A fotografia aprende-se subjectivamente, e existem muitos professores na net que são bem objectivos, aquilo que eles dizem para eles é a verdade absoluta. Eu fujo a isso sendo auto-didacta e procurando eu próprio pela informação que preciso, e não deixando-me influenciar por quem me aparece á frente. Era isto que me referia.


Partilhar Post #31 al-Farrob

al-Farrob

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Publicado 08 fevereiro 2011 - 22:00

Confesso que depois de uma leitura mais atenta, faço mais ou menos a mesma leitura que o colega Rockas, e como li a intervenção do Ansel Adams depois de ler o primeiro post, acho que fui induzido ao radicalismo apontado  :lol:


Eu fiz o percurso ao contrário e fui parar ao mesmo sítio :)

Quando li a primeira vez li como o Rockas leu. Depois outros posts fizeram-me pensar que talvez o artigo seja perigoso, mas porque pode ser mal interpretado.

Quem anda na fotografia há muito tempo, e especialmente frequenta fóruns e sites de fotografia há muito tempo, olha para o artigo e diz "bem visto", mas será que pessoas com outras referências não são levadas ao laxismo, à falta de estudo, à falta de observação metódica?


Partilhar Post #32 M.I.B.

M.I.B.

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Publicado 08 fevereiro 2011 - 22:04

Eu fiz o percurso ao contrário e fui parar ao mesmo sítio :)

Quando li a primeira vez li como o Rockas leu. Depois outros posts fizeram-me pensar que talvez o artigo seja perigoso, mas porque pode ser mal interpretado.

Quem anda na fotografia há muito tempo, e especialmente frequenta fóruns e sites de fotografia há muito tempo, olha para o artigo e diz "bem visto", mas será que pessoas com outras referências não são levadas ao laxismo, à falta de estudo, à falta de observação metódica?


Evidentemente que sim, e é isso que torna estes textos tão perigosos, a mim não me parecem nada precisos, porque não passam de opiniões pessoais.
E toda a gente sabe que opiniões pessoais tendem a gerar controvérsia desnecessária.


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Publicado 08 fevereiro 2011 - 22:11

Nunca coloquei isso em questão, aparentemente não percebeste que tipo de dissertações eu me estava a referir. :lol:
Eu refiro-me aquelas que metem todos no mesmo saco, e que não ajudam ninguém, e daquelas opiniões que roçam o gosto pessoal. Percebes? A fotografia aprende-se subjectivamente, e existem muitos professores na net que são bem objectivos, aquilo que eles dizem para eles é a verdade absoluta. Eu fujo a isso sendo auto-didacta e procurando eu próprio pela informação que preciso, e não deixando-me influenciar por quem me aparece á frente. Era isto que me referia.


Lá está, cabe a cada um fazer essa destrinça, o tal caminho...

Mas voltando ao "tema", admito que o texto do Luiz possa ser perigoso para os neófitos, pelo já dito facilitismo e improviso, mas o contrário também pode ser perigoso, o fazer tudo como mandam as regras, como mandam os outros...


Partilhar Post #34 M.I.B.

M.I.B.

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Publicado 08 fevereiro 2011 - 22:17



Mas voltando ao "tema", admito que o texto do Luiz possa ser perigoso para os neófitos, pelo já dito facilitismo e improviso, mas o contrário também pode ser perigoso, o fazer tudo como mandam as regras, como mandam os outros...


Lá está, foi precisamente isso que eu disse, mas com outro "inglês"  :lol:
Estes textos nunca ajudaram ninguém, se ajudassem todos estariam de acordo, e este tópico tinha menos páginas.
Só um aparte em relação ás regras, elas são para serem quebradas, só basta saber como as quebrar... :th_up:


Partilhar Post #35 motta

motta

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Publicado 13 fevereiro 2011 - 01:44

Grande texto. Adorei ler, e identifico-me em muito com ele.

Já passei por muitas fases. A fase de não saber absolutamente nada, e me divertir imenso a tirar fotografias, a fase em que recebi uma bridge, e tive na minha mente a obrigação de tirar melhores fotografias, pensei mais, standardizei mais, e até recebi uma Daily Deviation no deviantArt. A aprovação começa a fazer parte. Se tem pouca aprovação, começamos a achar que não somos bons o suficiente, e por vezes isso pode-nos deitar um bocado a baixo. É uma droga sem dúvida.

Eu cheguei a um extremismo tal, de tirar 1000 fotografias e não expor nem uma por achar que não estavam à altura do que já tinha conseguido anteriormente.

Isso continuou praticamente durante 1 ano. Nada do que eu fazia era bom o suficiente. Até que fui para reabilitação, e hoje em dia quase que não alimento a droga (isto é uma metáfora atenção, não sou drogado).

Hoje em dia não procuro avaliações técnicas às minhas imagens, não por achar que já sei tudo, mas porque eu dou tudo o que tenho em cada imagem que faço, e cada fotografia é um espelho do que eu penso, do que eu sinto, e do que eu quero transmitir. Primeiro quero me exprimir, que é assim que se alivia a alma, e de seguida procuro reacções e emoções verdadeiras, e são esses momentos que me dão ainda mais felicidade, que é saber que pelo menos uma pessoa sentiu alguma coisa.

Como artista temos de ser egoístas. Só assim é que as outras pessoas pessoas vão sentir algo verdadeiro. Porque se não formos egoístas, e pensarmos com a cabeça dos outros, a nossa fotografia passa de arte a design sem alma.


Partilhar Post #36 harmony

harmony

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Publicado 13 fevereiro 2011 - 12:26

Olá a todos e aqui vai mais uma opinião,acho que tem que existir um ponto de equilibrio em tudo na vida,para mim é importante saber o maximo da minha máquina e os cursos ajudam muito,mas claro que juntamente com o curso vem a opinião do professor do que é certo e errado e é aqui que temos que nos agarrar e nunca esquecer em marcar uma fronteira entre o nosso gosto artistico e o que é necessário fazer para satisfazer o gosto do professor para passar no exame.
Muitos alunos deixam-se moldar pelo o que o professor quer e apagam da sua alma o que pode ser um fotografo que podia supreender pela difrença e é normal sair depois alunos formatados que não é mais que uma cópia de  outro fotografo do curso anterior.
Fotografia é uma arte tal e qual como a pintura e nunca ouvi o picasso ser coonciderado um péssimo pintor :lol:


Partilhar Post #37 agomes

agomes

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Publicado 13 fevereiro 2011 - 15:08

Olá, boas

Devo confessar que, tal como o Rockas, me surpreendem as formas como o artigo foi "lido" e a celeuma que está a provocar, para além dos desvios marginais do assunto, através de opiniões acerca do modo como os seus autores encaram os vários aspectos e que, parecendo um tipo de resposta a pontos do texto tidos como polémicos, já nada terão a ver com ele.

Mas, vejamos algumas facetas do assunto:

Um dos problemas desse texto é seu título sensacionalista.

Qualquer leitor de legislação sabe que o caput de um artigo subordina sua interpretação. O título, portanto, subordina a interpretação do artigo em que pese a ambiguidade milimétrica das itemizações posteriores. A ambiguidade é milimétrica para permitir aos acomodados, preguiçosos e complacentes assumirem o discurso do caput (título) satisfeitos, mas sem deixar locuções claras sobre isso.


O Ivan tem razão acerca do título e das suas possíveis implicações para determinados leitores, mas já não concordo com a parte que sublinhei, por não detectar a existência desse propósito no uso do que ele chama de "ambiguidade milimétrica". Mas, antes de prosseguir, vejamos uma outra citação:

Eu fiz o percurso ao contrário e fui parar ao mesmo sítio :)

Quando li a primeira vez li como o Rockas leu. Depois outros posts fizeram-me pensar que talvez o artigo seja perigoso, mas porque pode ser mal interpretado.

Quem anda na fotografia há muito tempo, e especialmente frequenta fóruns e sites de fotografia há muito tempo, olha para o artigo e diz "bem visto", mas será que pessoas com outras referências não são levadas ao laxismo, à falta de estudo, à falta de observação metódica?


De acordo com o meu compadre alfarrob, a perigosidade do texto também está na sua má interpretação, especialmente por "pessoas com outras referências"  e que não "frequenta fóruns e sites de fotografia" nem "anda na fotografia" "há muito tempo", colocando a dúvida acerca das consequência de enumera na citação.

Ressalvadas as minhas dúvidas acerca das competências derivadas da mera antiguidade nas experiências e práticas acarreadas pelo alfarrob, voltemos às questões que, quanto a mim, se devem colocar:

1. O título do texto parece-me ter sido escolhido numa óptica de "non-sense" e, depois de fazer a distinção entre o "profissional" e o "amador", este tido ao nível de quem usa ou quer vir a usar a Fotografia como forma de expressão, avança com alguns aspectos, que classifica como perigos, passíveis de se "atravessarem" no caminho para a concretização desse propósito;

2. - No parágrafo referente a cada perigo, o autor termina sempre com uma ou duas orações que exprimem a sua opinião, e acabam por ser a parte mais importante, precisamente porque vão no sentido contrário ao do perigo;

Tendo isto em conta, o artigo será perigoso porque se presta a más interpretações ou a sua perigosidade real poderá antes resultar  das leituras apressadas típicas da net ou, eventualmente, da  capacidade de interpretação do leitor?

Aliás, logo na introdução o autor deixou claros os riscos de o título ser tomado à letra, ao dizer: "Se eu sugerir a abolição dessa preocupação em fazer fotos melhores, posso ser tachado de preguiçoso e de não incentivar a ânsia natural do ser humano pelo desenvolvimento. Então, em vez disso, podemos olhar para algumas possíveis armadilhas em que a vontade de melhorar as fotos pode nos fazer cair". E, isto encaixa na perfeição na forma como, de acordo com o que referi em 2, penso ser o propósito como ele acaba o ponto relativo a cada "perigo".

Com isto não quero dizer que seja de subscrever as opiniões do autor a 100% em todos os pontos, mas isso, na minha modesta opinião, não implica nem explica uma substancial parte das reacções que o mesmo motivou ou está a motivar.

Boas  :photo: :photo:







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al-Farrob

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Publicado 13 fevereiro 2011 - 15:20

(...)
De acordo com o meu compadre alfarrob, a perigosidade do texto também está na sua má interpretação, especialmente por "pessoas com outras referências"  e que não "frequenta fóruns e sites de fotografia" nem "anda na fotografia" "há muito tempo", colocando a dúvida sobre acerca das consequência de enumera na citação.
(...)


Não era bem isso :)

Quem tem esse percurso é que muito provavelmente reconhece ali fenómenos seus conhecidos e tem tendência a dizer "muito bem visto".

Não é garantido que todos os antigos e com esse percurso o façam :)

Depois o perigo da má interpretação não ser do artigo em si mas de quem o lê. Admito perfeitamente, mas não deixa de ser perigoso. Posso é estar a assumir uma atitude paternalista. Admito que sim.


E nem sequer tenho tendência a isso, antes pelo cvontrário, sou mais tendente a usar uma ironia corrosiva mais parecida com a do artigo em causa. Mas posso estar a ficar velho e mole :)
:th_up:


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MatosMario

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Publicado 13 fevereiro 2011 - 16:06

Acho que este texto estará correto se se entender como destinado às pessoas que compram uma câmara simplesmente para fotografar a família e as férias -- que, suponho, serão a grande maioria. São as que compram as compactas, bridges, etc. A essas pessoas só interessa que as fotos saiam «boas» -- ou seja, não saiam todas escuras ou todas brancas, estejam focadas e com cores vibrantes, etc.

Para essas pessoas, os conselhos serão bons. Para os que querem um pouco mais, é óbvio que faz falta ler, faz falta estudar, e sobretudo faz falta experimentar e treinar o olho e o dedo. Para mim, o fundamental da fotografia é ter o olho treinado para acertar a composição quase instintivamente, e o dedo treinado para disparar no milésimo de segundo certo (e disparar em rajada, na expectativa de acertar nesse momento certo, parece-me um golpe baixo, mas isso é outra questão).

O resto da discussão, que me parece interessantíssima, entre todos os pontos de vista e leituras feitas, passa um bocado ao lado do essencial, quanto a mim. Para profissionais, é óbvio que aquilo que o texto diz não se aplica; para amadores avançados (ou que almejam ser «avançados»), também não. Os avisos acerca da tendência para se pensar que uma máquina melhor ou uma objectiva melhor fará necessariamente melhores fotografias, etc. são certos; mas também penso que qualquer amador avançado saberá que isso não é verdade -- logo, o conselho equivale a ensinar a missa ao padre...

Resumindo: o texto só é «perigoso» no sentido em que pode levar os ingénuos e convencidos a sentirem-se legitimados na sua ignorância e auto-convencimento. Para os restantes, não traz muito de novo...






Partilhar Post #40 motta

motta

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Publicado 13 fevereiro 2011 - 17:25

Não concordo. Na minha opinião o texto não esta destinado às pessoas que compram uma câmara para fotografar a família e as férias. Pois não são esses que tentam fazer da fotografia uma arte e uma forma de expressão. Este texto é precisamente para os que pretendem seguir a fotografia dessa maneira. E muitos esquecem-se disso a meio quando são lavados cerebralmente pelo consumismo exagerado que nos rodeia. E acabam por fotografar tudo o que já foi fotografado, e cada vez precisam de melhor equipamento, e melhores lentes só para a qualidade final da imagem ser 5% melhor, mas o seu conteúdo ser exactamente o mesmo.

Há pessoal com 5 corpos, 10 lentes de alta gama, todos os filtros e tripés profissionais, e depois fotografam sempre a mesma coisa, ou aviões, ou longas exposições a praias, ou seja o que for, sempre com a mesma fórmula já mais que batida sem nenhum pingo de imaginação, porque viram que era assim que se devia fazer na internet ou nas revistas. (Atenção, não estou a atacar ninguém, é uma mera ilustração).

Não é uma questão de egoísmo. Eu valorizo um bom fotógrafo que conhece o seu material mas usa também a cabeça, os olhos e o coração. São essas as fotografias que me dizem alguma coisa, e não os típicos postais cliché. Um bom exemplo é o Rodrigo Vargas cá do fórum que tem granda equipamento, e nem por isso deixa de ser original e tirar fotografias que representam e transmitem algo.

O que é que é um profissional? É uma pessoa que faz da fotografia a sua profissão. Agora, existem vários tipos de profissões. A fotografia pode ser a minha profissão se eu vender as minhas fotografias como os pintores vendem a suas obras. Mas também pode ser a minha profissão se for fotojornalista, ou fotógrafo de casamentos, ou de estúdio.

Isto obviamente não se aplica aos últimos 3, porque aí tu és empregado de alguém, e fazes o que te pedem, e têm que estar tecnicamente perfeitas. Mas aplica-se ao 1º, porque estás simplesmente a mostrar-te, e o dinheiro até pode nem ser o teu objectivo principal, mas não deixa de ser o que fazes profissionalmente.

Bem, fico-me por aqui que já estou a escrever um livro lol.
Abraço.